Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim. Gálatas 2:19, 20

Religião é muito mais do que a mera aceitação racional de determinadas crenças doutrinárias. Também é mais do que expressões emocionais esporádicas em alguns cultos e reuniões de oração. Subentende uma verdadeira experiência de conversão, que leva a um compromisso diário e incondicional com Jesus. Significa ser crucificado para o mundo e viver uma nova vida em Cristo, permitindo que, por intermédio de Sua Palavra, Ele controle nossos pensamentos, nossas palavras e ações.

Essa foi a ênfase de Nicolaus von Zinzendorf (1700-1760), que nasceu no dia 26 de maio de 1700, em Dresden, Alemanha, e se tornou um influente bispo pietista da Igreja Moraviana. Preocupado com a ortodoxia luterana estéril de sua época, ele enfatizou a “religião do coração”, que exerceu forte influência sobre a vida de John Wesley, o fundador do Metodismo.

Assim como o apóstolo Paulo entregou toda a vida a Cristo (Gl 2:20), Zinzendorf fez o mesmo. Ao refletir sobre o significado da cruz para a própria salvação, o grande reavivador moraviano afirmou: “Essas feridas tinham o objetivo de me comprar. Essas gotas de sangue foram derramadas para me obter. Não pertenço a mim mesmo hoje. Sou de outro alguém. Fui comprado por um preço. E viverei cada momento deste dia a fim de que o grande Comprador de minha alma receba plena recompensa por Seus sofrimentos.”

Por ser tão apaixonado por Cristo, Zinzendorf não conseguia aceitar nenhuma forma passiva e confinada de religião. Ele chegou a declarar: “Não pode haver cristianismo sem comunidade.” Em seu amor por Jesus, o líder pietista também tinha forte paixão pela missão. Em suas palavras, “missão, no fim das contas, é simplesmente isto: todo coração com Cristo é um missionário, todo coração sem Cristo é um campo missionário”.

Depois de refletir nessas declarações tão significativas de Zinzendorf, devemos nos perguntar: Como estamos recompensando os sofrimentos de Cristo em nosso favor? Talvez sua religião seja mais uma iniciativa intelectual, sem uma experiência verdadeira com o Jesus que transformou sua vida. Qualquer que seja o caso, lembre-se de que você não pertence a si mesmo, mas foi comprado por Cristo e deve viver e trabalhar para Ele. O Salvador deve guiar cada momento de sua vida.                                                            Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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