Jeremias foi trazido ao palácio. E, secretamente, o rei lhe perguntou: “Há alguma palavra do Senhor?” Jeremias 37:17, NVI

Neste fim de semana, pessoas se dirigirão aos locais de culto. Muitas, cansadas física e emocionalmente pelos embates diários. Outras tantas carregando individualmente seu fardo de problemas variados: saúde, crises familiares, desafios à fé, dúvidas, dificuldades financeiras, desvios morais, entre outros. Todas estão em busca de um encontro com Deus e desejosas de ouvir Sua voz; uma mensagem que satisfaça os profundos desejos e necessidades do ser.

Algumas serão plenamente satisfeitas ao receberem a porção certa da Palavra do Senhor, outras sairão vazias, e ainda outras receberão paliativos que parecerão preencher o vazio. Passado o efeito, porém, voltarão ao mesmo lugar onde estavam, lutando com as mesmas dificuldades. O problema é que algumas se deixam envolver de tal maneira com esses paliativos, que não percebem o perigo de se imaginarem satisfeitas com mensagens vazias, monótonas, recheadas de anedotas, filosofias humanas e repetição de notícias veiculadas pela mídia. Há necessidade de se buscar a palavra viva e eficaz, a exemplo dos antigos bereanos (At 17:11).

Caso seja você pregador ou pregadora, não se esqueça de que nesse ponto reside uma responsabilidade crucial. Como vaso do qual Deus transborda, você é um conduto através do qual o fluxo do Espírito Santo é percebido. Ao se colocar atrás do púlpito, deve se apresentar humilde, sem pretensões humanas, com prontidão para responder à pergunta silenciosa que é o pulsar dos corações à sua frente: “Há alguma palavra do Senhor?” Para o autor da pergunta, o rei Zedequias, havia sim. E não era uma palavra que o embalasse em sua zona de conforto. Jeremias, o profeta questionado, respondeu: “Há. […] Nas mãos do rei da Babilônia serás entregue” (v. 18). Algumas vezes, receberemos mensagens que parecerão amargas a princípio; porém, depois revelarão sua doçura para a vida.

Se uma mensagem assim for entregue a você amanhã, não a rejeite. Deus repreende e disciplina a todos quantos Ele ama (Ap 3:19). Essa é uma forma de manter você cada vez mais perto Dele. Seja você, pregador ou pregadora, fiel ao dever de proclamar ânimo, esperança e paz, mas também de advertir e corrigir “com longanimidade e doutrina” (2Tm 4:2). Os ouvintes sinceros agradecerão. Assim, a palavra será para todos o que foi também para Jeremias: alegria e júbilo para o coração (Jr 15:16).

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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