Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados. Lucas 3:3

Como colportor estudante, encontrei pessoas que não davam muita atenção à oferta dos livros que eu apresentava; mas, quando eu mencionava que era adventista do sétimo dia, a postura mudava. Começavam a se interessar, faziam bons comentários e até compravam os livros como resultado da imagem positiva da igreja. Ao perguntar por que tinham aquela visão, normalmente ouvia a história de adventistas fiéis que haviam dado um bom testemunho.

Entretanto, nem sempre o resultado dessas conversas era positivo. Algumas vezes, as pessoas me ouviam com atenção; mas, quando eu falava da igreja, o ambiente cordial desaparecia. Em geral, a razão por que tinham uma imagem tão negativa é que haviam conhecido algum adventista que não dera bom testemunho.

Essas reações lembram o erro da multidão quando Zaqueu tentou chegar até Jesus. Infelizmente, as pessoas que seguiam o Mestre, ouviam Suas mensagens e admiravam Seus milagres estavam mais preocupadas com elas próprias do que em criar condições para que outros pudessem chegar até Ele.
O erro da multidão foi atrapalhar em vez de facilitar as coisas.

A atitude pode fazer toda a diferença. Zaqueu precisou manter a motivação, enfrentar a multidão e subir em uma árvore para que, sozinho, pudesse ver Jesus. Porém, o que dizer dos que ficam pelo caminho? Muitos não têm forças para enfrentar a barreira dos próprios seguidores de Jesus e acabam desistindo.

Existem muitas maneiras de repetir o erro da multidão em nossos dias. Isso acontece quando não há coerência entre a religião e a vida diária; quando a religião é apresentada de forma negativa e impositiva; quando a fé é defendida com discussão e sem atitude de amor; quando não há interesse sincero pelas necessidades das pessoas; quando a vergonha, a insegurança e o medo se tornam mais fortes do que a vontade de aproveitar oportunidades.

Em vez de repetir o erro da multidão, precisamos ser aqueles que facilitam a vida dos que têm baixa estatura espiritual para que cheguem a Jesus.
O desafio de testemunhar e facilitar o caminho está em nossas mãos. Nosso chamado não é para construir muros, mas para edificar pontes que facilitem o acesso das pessoas a Jesus.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA