Abrindo-o, viu a criança; e eis que o menino chorava. Teve compaixão dele e disse: Este é menino dos hebreus. Êxodo 2:6

Nosso texto pinta uma história de interesse humano que envolve o Rei do Universo, uma princesa pagã e uma criancinha escrava. Essa cena afetou profundamente o destino do Egito e de um povo escravizado escolhido por Deus como Seu povo peculiar.

Faraó havia determinado que toda criança hebreia do sexo masculino fosse morta tão logo nascesse. Mas o amor de mãe foi mais forte do que a ordem do rei, e a mãe de Moisés decidiu salvá-lo. É duvidoso que ela pensasse que seu filho seria escolhido por Deus para tirar Israel da servidão. No entanto, o Espírito de Deus deve ter guiado sua mãe de modo que a criança fosse levada a um lugar onde a princesa egípcia pudesse encontrá-lo.

A Bíblia não afirma que a princesa tivesse o hábito de ir àquele lugar para se banhar. É-nos dito, entretanto, que “os anjos encaminharam a filha de Faraó até o local” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 203). Anjos são guiados em suas ações pelo Espírito de Deus, e assim o Espírito Santo teve parte ativa no caso desse povo escravo.

Quando a princesa viu a criança, moveu-se de compaixão e decidiu salvála. Assim Deus, por intermédio de Seu Espírito, deu início a acontecimentos que deviam produzir frutos 80 anos mais tarde, quando Moisés estaria diante de Faraó reclamando a liberdade do povo cativo. Guiado pelo Espírito Santo, Moisés conduziu Israel para a liberdade.

Assim como esteve ativo nos dias de Moisés, o Espírito de Deus está em atividade também hoje. E da mesma forma que decisões aparentemente desvinculadas entre si, como a da mãe de Moisés procurando salvá-lo e da filha de Faraó decidindo se banhar naquele exato lugar do Nilo, afetaram o destino de um povo, também um ato insignificante de nossa parte pode ser a guia do Espírito levando um amigo, um vizinho ou um parente a entregar a vida a Cristo. Oportunidades estão diante de nós cada dia. Uma visita a um enfermo, um ato de simpatia na vizinhança podem levar alguém a investigar a Escritura e encontrar a liberdade da escravidão do pecado. Quão importante é, portanto, que sejamos guiados pelo Espírito de Deus em todas as coisas!

William L. Barclay, 10/01/1973, MM 2021, CPB

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