O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará.         Daniel 2:40

Daniel 2 apresenta uma sequência simbólica de quatro grandes reinos –Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma – que conquistariam outras nações e, por fim, sucumbiriam diante de outro poder político. O quarto desses reinos claramente se refere ao Império Romano, inaugurado quando Augusto César se tornou o primeiro imperador de Roma (31 a.C.). Em seu auge, o império se tornou a estrutura sociopolítica mais abrangente e poderosa de toda a civilização ocidental. Mas o grande Império Romano caiu em 4 de setembro de 476 d.C. quando, no oeste, Rômulo Augusto foi deposto pelo rei germânico Flávio Odoacro. A parte oriental permaneceu, formando o Império Bizantino, até a queda de Constantinopla diante dos turcos otomanos em 1453 d.C.

O que provocou o declínio e a queda do Império Romano? Sem dúvida, essa é uma questão muito complexa. Em 1984, Alexander Demandt contou 210 teorias sobre o motivo por que Roma caiu, e novas teorias já apareceram desde então. Mas, no ano de 1776, Edward Gibbon sugeriu: “O declínio de Roma foi o resultado inevitável da grandeza imoderada. A prosperidade fez madurar o princípio da decadência; as causas da destruição se multiplicaram com a vastidão das conquistas; e assim que o tempo ou um acidente removeu os apoios artificiais, o estupendo edifício caiu diante da pressão do próprio peso.”

De uma perspectiva humana, a queda de Roma foi provocada principalmente por fatores políticos, econômicos e sociais. Da perspectiva bíblica, porém, devemos reconhecer que “o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer” (Dn 4:32). Ellen White explica: “A cada nação que tem alcançado destaque no cenário mundial tem sido permitido que ocupe seu lugar na Terra, para que se possa ver se ela cumpre o propósito do ‘Vigia e Santo’ […]. Cada qual teve seu período de prova e fracassou; perdeu sua glória, perdeu seu poder, e seu lugar foi ocupado por outra nação” (Educação, p. 125, 126).

Deus está conduzindo a história humana a seu clímax: o estabelecimento de Seu reino eterno, “que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo” (Dn 2:44, NVI). – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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