Muitas pessoas ainda consideram que o 13 é um número de azar. Evitam se assentar na fileira 13 em aviões ou se hospedar no andar 13 de hotéis. Têm medo das sextas-feiras 13 e, ainda pior para alguns, de sexta-feira 13 de agosto. Nesses dias, preferem ficar em casa e não fazer nenhum negócio sério. Mas como essas superstições começaram?
Há várias teorias que justificam o “13 azarado”. Por exemplo, em contraste com o 12, símbolo de completude, o número 13 tem sido considerado incompleto. Alguns místicos argumentam que Jesus e os 12 apóstolos formavam um grupo de 13; mas, quando Judas, o traidor, foi embora, o grupo se reduziu para o ideal de doze. No dia 13 de abril de 1970, um dos tanques de oxigênio da Apollo 13 explodiu, e a missão precisou ser abortada. Vários exemplos semelhantes poderiam ser acrescentados a essa lista.
Acerca da “sexta-feira 13”, alguns argumentam que a sexta-feira na qual Judas traiu Jesus foi o dia 13 de nisã do calendário judaico, ao passo que as únicas possibilidades seriam os dias 14 ou 15 de nisã. Na sexta-feira 13 de outubro de 1307, Filipe IV da França prendeu centenas de cavaleiros templários. É importante destacar que o romance Sexta-feira 13, de Thomas W. Lawson, ajudou a popularizar a superstição.
A “sexta-feira 13 de agosto” uniu algumas dessas teorias com a má reputação de agosto em algumas culturas. Por exemplo, as noivas portuguesas evitavam se casar em agosto porque era o mês no qual os marinheiros costumavam partir em longas viagens, e as mulheres recém-casadas não queriam ser deixadas sozinhas, sem lua de mel. No Brasil, agosto é conhecido como o mês azarado dos cachorros loucos, no qual os cães costumavam ser vacinados contra raiva.
Sem dúvida, muitos desastres aconteceram em sextas-feiras 13, assim como nos outros dias do ano. Tudo depende da perspectiva da qual se olha. O problema começa quando as coincidências passam a ser encaradas como norma e as exceções são consideradas a regra. Para aqueles que confiam em Deus e colocam a vida em Suas mãos, não há motivo para se preocupar com superstições infundadas. Afinal, “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31). – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB