Participar de um campori de desbravadores é uma experiência inesquecível. Se já foi a um, provavelmente você se lembre dos meses de planejamento e treinamento, da chegada ao evento, das barracas, da comida, do programa, das histórias ao redor da fogueira, dos novos amigos, talvez de certa dificuldade para conseguir tomar banho e até mesmo de um pouco de chuva inesperada.
O primeiro campori foi realizado pela Associação Sul da Nova Inglaterra no acampamento Winnekeag, perto de Ashburnham, Massachusetts, de 9 a 11 de outubro de 1953. Cinquenta e cinco desbravadores acamparam em barracas, em unidades de seis a oito componentes. O fim de semana foi repleto de atividades. Na sexta-feira à noite, após o pôr do sol, era possível ver várias fogueiras crepitando nas belas margens do lago Winnekeag. O pastor Howard F. Maxson foi o contador de histórias no círculo das fogueiras. Na tarde de sábado, o líder de jovens da Igreja Adventista, Eldine W. Dunbar, apresentou uma mensagem inspiradora e contou histórias aos participantes. Ao final do evento, os desbravadores pediram, por voto unânime, que outro campori acontecesse em junho de 1954. A partir desse humilde princípio, camporis têm sido organizados em muitos lugares ao redor do mundo.
O conceito usado para a criação dos desbravadores foi inspirado pela seguinte declaração de Ellen White: “Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo!” (Educação, p. 271). Até certo ponto, os camporis lembram a reunião social e espiritual dos israelitas durante a Festa dos Tabernáculos (Lv 23:33-43), ocasião na qual eles habitavam mais uma vez em tendas, assim como seus antepassados no deserto.
De acordo com Ellen White: “Bom seria que o povo de Deus na atualidade tivesse uma Festa dos Tabernáculos – uma jubilosa comemoração das bênçãos de Deus a eles” (Patriarcas e Profetas, p. 540). Os primeiros adventistas chamavam suas reuniões campais de Festa dos Tabernáculos, e nossos camporis modernos de desbravadores seguem o mesmo espírito. Que os apoiemos em nossas igrejas locais! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB