Não te desamparem a benignidade e a fidelidade, ata-as ao pescoço, escreve-as na tábua do teu coração. Provérbios 3:3

É madrugada na cidade de San Luis, na Argentina. Ontem à noite vi uma cena comovente. Julio foi batizado e a esposa não sabia. Foi uma surpresa, porque durante anos ele rejeitou  a Jesus.  As oitocentas pessoas que estavam no teatro para ouvir a exposição da palavra de Deus ficaram emocionadas.

Hoje, já é outro dia. Ainda não nasceu o sol e da janela do hotel contemplo a cidade. Dentro de pouco, milhares de pessoas iniciarão as atividades do dia.  No fim da tarde umas voltarão vitoriosas, e outras derrotas. A vida é assim. Mas, poderia ser de outro modo. Deus estabeleceu princípios para uma vida produtiva e feliz.

Um desses princípios está  no Provérbio de hoje.  O sábio se refere aos conselhos divinos como a benignidade e a fidelidade. Ambas palavras poderiam ser traduzidas também como misericórdia e verdade. O conselho de Salomão é que esses ensinamentos devem ir atados ao pescoço e escritos no coração.

Os judeus levavam este conselho a sério. Atavam uma miniatura das tábuas da lei ao pescoço de modo que cada vez que se movimentassem pudessem ver aquele símbolo dos conselhos de Deus e lembrassem que a obediência ou desobediência a esses conselhos  determinaria o triunfo ou a tragédia da pessoa.

É triste observar que o ser humano por natureza é formalista. Dá muita importância às coisas que se vêem e descuida as que não se vêem.  Ata os conselhos ao pescoço, mas não os escreve no coração. Por isso um dia Deus disse: “Este povo de lábios me honra, mas seu coração está longe de mim.”

Nada há mais destrutivo do que o formalismo. Viver de aparências. Cumprir tudo em público, mas não viver a verdade é prejudicial e destrutivo. Além de não funcionar, carrega o  trauma  da incoerência, que desequilibra  a vida interior.

Já amanhece. No horizonte vejo o sol. Este é um novo dia e como todo ser humano deseja ser feliz, por isso peço a Jesus que o conselho de Salomão seja uma realidade para mim: “Não te desamparem a benignidade e a felicidade, “ata-as ao pescoço; escreva-as nas tábuas do teu coração.” – Alejandro Bullón, Janelas para a vida, MM 2007, CPB

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