Andai com sabedoria […] remindo o tempo. Colossenses 4:5, ARC

Com exceção talvez da costumeira saudação: “Tudo bem?”, uma das perguntas que mais ouvimos é “Que horas são?” Quando o marido se mexe ao amanhecer, a esposa sonolenta pergunta: “Que horas são?” O noivo tenso no altar, enquanto aguarda a chegada da amada, pergunta ao padrinho de casamento: “Que horas são?” O soldado, esperando o fim do expediente, faz a mesma pergunta. O paciente de hospital, depois de uma delicada cirurgia do coração, também quer saber a hora de receber alta. Essa provavelmente seja a pergunta mais significativa.

Você tem percebido como ultimamente a sociedade está escravizada sob a tirania do relógio? Vivemos e morremos com base nas “ordens” dele. Comemos, dormimos, trabalhamos e descansamos de acordo com suas prescrições inexoráveis. Casais apaixonados trocam olhares e declarações com ele em perspectiva, as escolas funcionam em função dele, as rodas do comércio giram por ele, e os pregadores pregam sob seu olhar de desagrado.

“Que horas são?” é uma pergunta séria. Em uma torre na Universidade de Oxford, logo abaixo do relógio estão as seguintes palavras em latim: “Elas passam e são cobradas da nossa conta.” O dever do cristão é contar o tempo, não por um mostrador ou um relógio, mas pelas realizações de cada dia. Remir o tempo é mais do que simplesmente se abster da ociosidade e frivolidade. Envolve tirar vantagem de cada momento para agir positivamente em favor do bem. “É pecado desperdiçar nosso tempo. […] Se cada momento fosse […] empregado do modo adequado, teríamos tempo para tudo de que necessitamos […]. Rapazes e moças, não têm tempo a perder. […] Busquem remir o tempo” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 322, 301).

Lord Chesterfield escreveu a seu filho: “Aprenda o verdadeiro valor do tempo. Agarre, aproveite e desfrute cada momento dele.” Em seu Almanaque do Pobre Ricardo, Benjamin Franklin incluiu esta preciosidade: “Não esbanje o tempo, pois é o material do qual é feita a vida.” Outro sábio declarou que “um homem pode ser jovem em anos, porém velho em horas se não houver perdido tempo”. Albert Schweitzer, famoso médico-missionário, idoso, ainda encarando um admirável dever inacabado, disse tristemente: “Algumas vezes eu desejo poder ficar parado numa esquina da rua, com o chapéu na mão, a fim de que os transeuntes possam lançar a mim suas horas supérfluas.”

“Não passemos em ociosidade as horas preciosas que Deus nos deu a fim de aperfeiçoarmos o caráter para o Céu” (Ellen G. White, Maravilhosa Graça, p. 306).

Floyd Rittenhouse, 17/3/1984, MM 2021, CPB

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