Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste. Colossenses 1:17

Todos os discípulos tinham sérias falhas de caráter quando Jesus os chamou ao Seu serviço. O próprio João, que conviveu mais próximo Daquele que é manso e humilde, não era naturalmente manso e submisso. Ele e seu irmão foram chamados “filhos do trovão” (Mc 3:17). Durante o tempo que viveram com Jesus, todo menosprezo mostrado a Ele despertava a indignação e o espírito combativo deles. Gênio forte, vingança, espírito de crítica, tudo isso havia no discípulo amado. Era orgulhoso e desejava ser o primeiro no reino de Deus. Contudo, dia a dia, em contraste com seu temperamento impetuoso, contemplava a ternura e longanimidade de Jesus e aprendia Suas lições de humildade e paciência. Abriu o coração à influência divina e se tornou não somente ouvinte, mas também praticante das palavras do Mestre. O próprio eu foi escondido em Cristo. Aprendeu a levar o jugo de Jesus e a suportar Seu fardo. 

Jesus repreendia, advertia e alertava Seus discípulos; mas João e seus irmãos não O deixavam. Preferiam a Cristo, apesar das repreensões. O Salvador não Se afastava deles por causa de suas fraquezas e erros. Continuaram até o fim a partilhar de Suas provações, aprendendo as lições de Sua vida. Contemplando a Cristo, tiveram o caráter transformado. 

Os apóstolos eram muito diferentes uns dos outros em hábitos e temperamento. Havia o publicano Levi Mateus e o colérico zelote Simão, intransigente inimigo da autoridade romana; o generoso e impulsivo Pedro e o abominável Judas; Tomé, fiel, embora temeroso; Filipe, lento para crer, inclinado à dúvida; e os ambiciosos e francos filhos de Zebedeu, com seus irmãos. Eles foram reunidos, com suas diferentes falhas, todos com tendências herdadas e desenvolvidas para o mal. No entanto, em Cristo e por meio Dele, fariam parte da família de Deus, aprendendo a se tornarem um na fé, na doutrina e no espírito. Teriam suas provas, suas ofensas mútuas e suas divergências de opinião; mas, enquanto Cristo habitasse no coração, não poderia haver discórdia. Seu amor levaria ao amor de uns pelos outros. As lições do Mestre conduziriam à harmonização de todas as diferenças, colocando os discípulos em unidade, até que tivessem a mesma mente e o mesmo discernimento. Cristo é o grande Centro, e eles deveriam se aproximar uns dos outros exatamente na proporção em que se aproximassem do centro (O Desejado de Todas as Nações, p. 228, 229 [295, 296]). EGWhite, MM 2022, 317

PARA REFLETIR: O que mudou em você desde que começou a andar com Jesus? Sua família notou alguma diferença? 

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