UM POVO DIFERENTE – MM 2019

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Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. Atos 11:26

Alguns anos atrás, quando era pastor em São Paulo, fui com um colega comprar uma jaqueta. Ao conversar com um vendedor, ele me surpreendeu com uma pergunta direta: “Vocês são adventistas?” Não tive dúvida em responder, mas também retribuí a pergunta: “Como você descobriu? Também é adventista ou nos conhece de algum programa especial?” A resposta dele foi ao ponto: “Não sou adventista, mas a gente pode reconhecer um adventista com facilidade. Vocês são um povo diferente. Tenho parentes adventistas e sei bem disso.”

Até hoje não me esqueci das palavras daquele vendedor. Mesmo sem saber, ele pregou uma grande verdade. De fato, somos um povo diferente. Não simplesmente porque queremos, mas porque Deus nos chamou para sermos luz em meio às trevas. Ele nos escolheu para apresentar Sua mensagem em uma época de confusão e incredulidade (1Pe 2:9). Na verdade, não somos cidadãos deste mundo, mas nossa pátria está no Céu (Fp 3:20).

Confesso, porém, que tenho me preocupado com essa questão. Ainda somos um povo diferente? Se eu voltasse àquela loja e encontrasse o mesmo vendedor, ele ainda poderia dizer as mesmas palavras? Continuamos conscientes de nosso papel de não sermos apenas “mais um povo” na Terra?

Gostaria de desafiar você e sua igreja a avaliarem o caminho que estão seguindo. Essa não é uma simples questão administrativa, mas uma avaliação espiritual. Não acontece apenas pela sugestão de um líder ou o voto de uma comissão. É uma questão solene, que precisamos estudar com muita oração e amor, mas entendendo nosso papel, nossa missão e o tempo em que vivemos. Temos a missão de preparar um povo para o encontro com o Senhor.

Por isso, Ellen White alerta: “Se, em desafio às disposições divinas, for permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus será frustrado. […] Uma inabalável fidelidade na manutenção da honra e da santidade da lei de Deus despertará a atenção e a admiração do mundo, e muitos, pelas boas obras que contemplarem, serão levados a glorificar nosso Pai celestial” (A Igreja Remanescente, p. 13).

Aproxima-se o dia em que nos encontraremos com o Senhor. Este é o momento para reafirmarmos nosso papel como igreja. Este é o tempo para andarmos seguros no caminho do Céu e continuar cumprindo poderosamente nossa missão.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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