De cada lado do rio estava a árvore da vida, que dá doze colheitas, dando fruto todos os meses. As folhas da árvore servem para a cura das nações. Apocalipse 22:2
A medicina chegou a um estágio de sofisticação incrível. Porém, ela não tem a solução para todos os males que nos afligem. Por isso, os pesquisadores se voltam aos poderes da natureza. De acordo com uma brincadeira intitulada “Breve História da Medicina”, o paciente diz: “Doutor, estou com dor de ouvido.” Em 2000 a.C, o médico responde: “Coma esta raiz.” Em 1000 d.C.: “Essa raiz é paga; faça esta oração.” Em 1850 d.C.: “Essa oração é superstição; beba esta poção.” Em 1940 d.C.: “Essa poção é óleo de cobra; tome esta pílula.” Em 1985 d.C.: “Essa pílula é ineficaz; tome este antibiótico.” Em 2000 d.C.: “Esse antibiótico é artificial. Coma esta raiz!”
Na verdade, a cura começou e terminará com uma planta, mas não qualquer raiz. Deus concentrou poderes medicinais miraculosos na árvore da vida, a delícia das delícias do jardim do Éden. Esse jardim, conhecido como “paraíso”, estava localizado no leste/oriente, direção que no mundo cultural da Bíblia representava a vida. E a árvore ficava no centro do jardim. Nesse caso, o autor de Gênesis usou a geografia para falar de teologia. A árvore da vida tinha um papel central, pois era o símbolo da imortalidade conferida por Deus. Ela concentrava em si todos os elementos da vitalidade. Embora não tivesse um caráter mágico, possuía poderes sobrenaturais. Magnífica, era um lembrete da finitude do ser humano e um meio de transcender essa finitude.
O fato de Jesus ter morrido crucificado é altamente sugestivo, no contexto da árvore da vida. Os apóstolos Pedro e Paulo se referem cinco vezes à cruz como “madeiro” (xylon). O termo grego utilizado por eles pode ser traduzido também por “árvore”. Pedro explicitamente conecta o madeiro com a cura: “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados” (1Pe 2:24). Ao ser pendurado numa árvore, Cristo assumiu a maldição que bloqueou o acesso da humanidade à árvore da vida, a fim de nos devolver o acesso a essa árvore. Esse tema foi muito explorado na arte cristã antiga, que via uma conexão íntima entre a árvore da vida e a cruz.
No futuro, Jesus dará a você e a todos os remidos a senha de acesso a essa árvore, que representa cura e vida eterna. Quando você tiver uma dor, ficar doente, for ao médico, enxergar um hospital ou mesmo tomar uma pílula, saiba que o futuro da medicina está em uma árvore. Afinal, o símbolo da medicina que confere imortalidade não é um bastão tosco com uma serpente em volta, mas um madeiro rude com um homem pregado nele.