Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lhe na cabeça, e na mão direita um caniço; e, ajoelhando-se diante dEle, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus! E, cuspindo nEle, tomaram o caniço, e davam-lhe com ele na cabeça. Mateus 27:29-30

Mateus menciona duas vezes que os zombadores cuspiram no rosto de Jesus (26:67 e 27:30). Um jornalista, ampliando o flagelo de Jesus, imaginou-o como tendo sido assim: “Eles o amarraram a um poste que estava no pátio das barracas e começaram a bater-lhe com o açoite. Esta era uma espécie de chicote, feito de tiras de couro, tendo nas extremidades, pedaços de metal. Esses pedaços batiam na carne a cada chicotada…

“Um soldado tomou o seu manto vermelho de legionário e colocou-o sobre os ombros do prisioneiro, numa imitação do real manto de púrpura. Outro teceu uma cora de espinhos e colocou-a sobre Sua cabeça. Um terceiro colocou-Lhe uma cana nas mãos, à guisa de cetro. Então puseram-se a zombar dele: “Salve, rei dos judeus.” “Um após o outro, aproximaram-se de Seu ensanguentado trono, ajoelhando-se diante dEle numa homenagem zombeteira, e então cuspiam-Lhe no rosto.” Louis Cassels, Glendale News-Press, 13/4/1968, p.4

Enquanto você procura levar a imaginação de volta àquelas cenas, é bom recurso, lembra que aquela época era o fim de março e começo de abril. O momento do dia em que a zombaria teve lugar, foi provavelmente por volta das 8:00 da manhã. A angustiosa oração do Getsêmani deve ter durado cerca de 2 horas, já que a prisão de Jesus pela turba deu-se à meia-noite aproximadamente. Entre Sua prisão e a negação de Pedro, possivelmente às 5:30 h, Jesus foi arrastado à presença de Anás, depois a Caifás e ao Sinédrio.

Foi entregue a Pilatos pouco depois da alvorada, e este O enviou a Herodes, que por sua vez, devolveu-O a Pilatos, para seguir-se a cena descrita nos versos de hoje. Jersus era fisicamente forte, mas a agonia do Getsêmani quase O matara. Não havia dormido e tinha recebido açoites, pancadas e fora cuspido. Eram agora 8:00h da manhã e o pior ainda estava para vir.

“Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram. (Lucas 23:33)

Você já experimentou um espinho na carne, ou uma farpa sob a unha? Você sabe, se já sentiu, quão desagradável é a dor causada por um simples espinho ou uma farpa. Mas, seria isto igual a ter uma coroa de espinhos enterrada na fina pele da fronte?

Rapidamente você pode remover o espinho ou farpa. Mas, como seria se suas mãos estivessem amarradas, e uma coro de espinhos lhe penetrasse na pele, e ali ficasse queimando como fogo?

Suponho que uma cruz muito pesada foi colocada sob Seus ombros. Os açoites haviam deixado Suas costas sanguinolentas e em carne viva. Foi provavelmente depois das 8:00 h. que eles começaram a caminhar em direção ao Calvário. Enquanto deixavam o local da flagelação, devem ter sido deixadas, sobre o pavimento, algumas manchas. Quando chegaram ao lugar da execução, Marcos registra, era a “terceira hora” ou 9:00h. “Ali o crucificaram”.

Você já foi ferido por um prego? Tal ferida produz uma dor aguda, agonizante. Certamente você o arranca tão rápido quanto possível. Mas, Jesus foi pregado numa das mãos, depois na outra e, também em ambos os pés e nada podia fazer. Você tem imaginado que algum pecado é pequeno ou inconsequente? Vá ao Calvário! “Contemplai o paciente sofredor! Tem na cabeça a coroa de espinhos. O sangue vital corre-Lhe de toda lacerada veia. Tudo isso em consequência do pecado!” – EGWhite, TS, v.1, p.226 “Os sofrimentos de Cristo”.

“Que Cristo, tão excelente, tão inocente, devesse sofrer tão dolorosa morte, suportando o peso dos pecados do mundo jamais poderão nossos pensamentos e imaginações compreender plenamente… A contemplação das incomparáveis profundidades do amor do Salvador, deve encher a mente, tocar e enternecer a alma, refinar e enobrecer as afeições, transformando inteiramente todo o caráter.” EGWhite, TS, vol.1 p.232. Joe Engelkemier, MM 1972, p.90-91

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