Em 23 de novembro de 1947, Eleazar L. Sukenik, renomado arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém, recebeu uma mensagem de seu amigo armênio Faidi Salahi, comerciante de antiguidades. Na manhã seguinte, os dois se encontraram, e Faidi mostrou a Sukenik um pedaço de couro – na realidade, um fragmento dos Manuscritos do Mar Morto – com antigos caracteres hebraicos semelhantes aos encontrados em ossuários judaicos de tempos distantes. Os manuscritos haviam sido descobertos, por acaso, próximo de Qumran no inverno anterior (1946-1947) por dois pastores beduínos. A coleção data de aproximadamente 200 a.C. a 70 d.C. e confirma que o texto original do Antigo Testamento foi corretamente preservado ao longo dos séculos.
Alguém pode questionar: Se a Bíblia é a Palavra de Deus, por que Ele não preservou os autógrafos, isto é, os manuscritos originais dos profetas bíblicos? Nesse caso, não precisaríamos depender da crítica textual para confirmar a autenticidade do texto. Sim, isso facilitaria todo o processo, mas também poderia despertar outras dificuldades. Siegfried J. Schwantes considerou providencial a deterioração dos originais. Com a tendência humana para a idolatria, muitas pessoas acabariam venerando esses documentos. Precisamos reconhecer que Deus é sábio demais para errar.
O que importa afinal é a credibilidade do texto bíblico que temos hoje. Alguns críticos desafiam sua confiabilidade. Por exemplo, Joseph Smith Jr. chegou a alegar que “muitos aspectos importantes acerca da salvação da raça humana foram tirados da Bíblia ou perdidos antes que ela fosse compilada”. Se esse fosse o caso, então as Escrituras não seriam mais dignas de confiança e seu poder transformador se perderia. No entanto, louvado seja Deus por não só ter inspirado o texto bíblico, mas também preservado a confiabilidade dele.
Ellen White afirma: “Irmãos, apegai-vos à Bíblia, tal como ela reza, parai com vossas críticas relativamente à sua validade, e obedecei à Palavra, e nenhum de vós se perderá” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 18). Respeitemos as Escrituras e sejamos fiéis à sua mensagem! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB
